sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Poeminha perdido
__________esquerda
___aí você entra à
___________direita
E continua
___do lado de fora
na rua.
domingo, 19 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
u m p o n t o é t u d o
Falar, criar
Amor um Sonho, Muro.
campo azul.
sol a pino
três lapsos e o
espaço do instante
entre a flecha e o alvo.
domingo, 5 de dezembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
P A R A M E G G I E
e tentar escrever
do que vem pelo ar
que a gente tenta ver
entra sem perguntar
no falar, emudecer
rimando o amar
ao sofrer
Sereia dos mares
ressaca em azul
tragando os olhares
canto sem tabu
a mulher em milhares
o pedaço do sul
teu escrever no seu molejo
provoca arrepio
a síncope para o vício lírico
o teu sambar é compasso
da minha rima e do choro
Nas rodas que te envolvem
As rodas de Ciranda
As rodas de Samba
AS rodas de Chima
As rodas de Gira
Sou o que te serve
só sal
sem céu
só mar
sem o seu
saudade
sal do mar meu
Te amo!
[tentativas em homenagem ao seus 24 anos]
terça-feira, 13 de julho de 2010
DEVOÇÃO
Iemanjá, Iansã, Xangô e o vento minuano. Uma foto de Elis.
Avenida Paulista, Ponte do Guaíba e a prosa de Graciliano. Ser-tão Guimarães e Ana Terra. Incenso de sete pimentas africanas.
Banho de alfazema, a bandeira do Rio Grande. O pampa na garupa em qualquer lugar que eu ande. Leminski.
A fé que me acompanha sem eu saber. Um verso de Torquato: um dia desses eu me caso com você.
Feminino.
Mulher.
A Lua.
VERMELHO.
Samba de roda. Uma roda de chimarrão.
Meu coração.
(Meggie - ou as letras que doem como uma catástrofe)
segunda-feira, 12 de julho de 2010
pro-fundo e raso.
Preciso registrar
antes que o sol se ponha
antes que o meu sol
se ponha a apagar tudo.
Naquela segunda-feira de inverno à 34ºC por volta das 17:30 de uma tarde inútil eu olhei pela janela, de telhados em telhados via-se alguns fios cruzantes, algumas árvores feito gigantes a colher passarinhos mudos e o incomodante rosa do Ypê.
A janela fez-se a ontologia da vida, senti exatamente o que aqueles homem custavam a entender ao ver o que não sabia, esse buraco na minha parede, revestido em uma moldura metálica e vidros barram a vida e foi ele o responsável por esse questionamento, ainda que negando o pensar na hora em que a angustia arrebentou meus tímpanos como quem ouve Milton. Claro, se eu não me atrevesse a olhar, se eu não me atrevesse a atravessar o quarto, se eu não me atrevesse a abrir a janela e as persianas dos meus olhos...
Multicolor, na [con]fusão entre o dia e a noite a janela, por mais que me prenda, revela-me o avermelhado horizonte ligando se ao vértice azul, borrões roxos saltam a meus olhos, o branco tímido do algodão nenhum pouco doce quase me ilude.
Mas no quadrado perfeito da minha ontologia, a contemplação é cortada ao meio num lapso do repente rompendo quaisquer contemplação dos raios fúlgidos que brilham no não-céu da não-pátria. O relampado do acaso ou da reflexão fez-me ver que estou submerso, no fundo de um oceano vivo, protegido por uma casa impermeável às ideias de um mundo novo, da água nova.
O que revela-me um nada desse oceano afora fora o que eu até então negava com as persianas da minha casa, como aqueles homens, e negava por ser desconhecido, desconhecido e revolucionário.
[preciso revisar, mas não dormiria senão postasse.]
quarta-feira, 7 de julho de 2010
p a r a b r u n o
Amizade, locomotiva [louca e emotiva?]
o caminho, a música.
a paisagem, construída a cada gole,
pintada a cada pitada.
Em meio ao inverno, como de costume
chega.
essa é a vigésima segunda estação.
que passageiro irá embarcar?
que amigo já desembarcou?
qual Lp ira se arranhar?
que paisagem foi inútil?
deixo as respostas para o maquinista.
afinal, é ele quem conduz ...
Daqui, brindarei uma a ti.
Parabéns, nego!
sexta-feira, 2 de julho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
O [des]caus urbano
Todos dormem.
Caminho pela cidade
que não dorme.
Acendo um cigarro metafísico...
sinto o cheiro
é a gasolina que se derrama
das bocas em carros empilhados
Tenho alguns pensiléssimos
de segundo
até que as cinzas [ainda
fumegante do que vejo]
toquem o asfalto
de pólvoras
a espera do boom!
sexta-feira, 4 de junho de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
sábado, 22 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
A feira
aqui vocês falam porta
... é, é verdade...
e vocês que falam porta
... e não é?
e aqueles que falam porta
... é igual
mas é diferente...
domingo, 16 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
sexta-feira, 30 de abril de 2010
sábado, 17 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
qu erosopassarever
que ruinomeupensar
qued adospensarser
quedi reçãotomarir
quedia eradopensar
quediab ospensaser
quediabo vaipassar
quediabom aonascer
quediabomp rafazer
quediabompa avisar
quediabompar impar
quediabompara sair
quediabomparam ler
quediabomparamo ir
quediabomparamor r
quediabomparamorr .
quediabomparamorre
quediabomparamorrer
domingo, 11 de abril de 2010
ser'água
em um diálogo reflexivo
aprensentou-me a possibilidade de
SER ÁGUA
e, em sua totalidade
poder ser
viva
água viva
assassina
molecular
ser
inorganizável
inorgânico
solver os impasses
condensar os impróprios
passar às vezes
entre as ruas e as gargantas
Chover e ser lágrima
saltar da bica
escorrer dentre os dedos
se'rio
mar
chuva
sede
pensar a 100ºC
e no repente
evaporar
sozinho
e ser nuvem
e não passar de um desejo.
terça-feira, 6 de abril de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
segunda-feira, 29 de março de 2010
Hoje, data cujo remete-se ao dia do meu nascimento, eu prometi a mim mesmo que escreveria um texto sobre a minha vida após ter já vivo aproximadamente a metade dela. Pensei em começar pelo começo (valendo-me de todo pleonasmo possível), pelas alegrias, pelas mágoas, as potenciais conquistas ou fracassos, não consegui. As únicas medíocres reflexões que abstraio está entre a descrença no ser humano enquanto ser construidor do que vemos hoje e se prospecta para um incerto futuro o contraditório prazer que a ciência proporciona a mim. O conhecimento se faz poder e angustiante, é prazer no desprazer. Saber que erigi também corrói e fomenta descredibilidade no homem. Talvez seja feliz que da sua vida fez algo simples, baldado, humano! - imprescindivelmente humano, demasiadamente humano tanto que se faz bicho.
Humanistas, humanitários... não passam de humoristas, e de baixa qualidade, entojados dessa civilização perversa, cheios das boas intenções. Não veem que lá no longe o outro aquele, simplório, guimaraisticamente falando, antes de tudo um forte. Filósofos? Sociólogos? Idiótologos? - Azedo, continua fumar, cismo - deve haver algo que não me corroa, olho para os lados, rumino ideias, mas nada. cabe a mim saber fazer da da música, em suma, a poesia, meu cateter seguir. Agora você pode desconsiderar tudo isso que eu disse que não tem a menor importância.__
[uma reflexão sem muita preocução com metrica e entendimento, futuramente posso rever esse texto, está apenas como marco pelo dia. Vixuz]
sábado, 27 de março de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
quinta-feira, 11 de março de 2010
Manhã de sol
Tive a plena certeza
da existência de Deus
Mas no passar das núvens
deixaram uma indagação:
Deus criou o homem
ou o homem criou Deus?
[A sua imagem e semelhança, claro!]
terça-feira, 9 de março de 2010
As salivas que os cães provocaram em Pavilov
segunda-feira, 1 de março de 2010
Tabu
libertador
libertino
estrangulem
joguem ele no lixo
assim que puder
deem fim ao vício
com calma e muita dor
torturem-no
é a única maneira
desse filho da puta
nos devolver o pudor
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Obrigado,
Vixuz.
A Relva 02/09/09
no momento em que as notas
soaram dos corpos sorrateiros
deitados na manta do inverno
o mundo não girou
enquanto rodavamos
nem o ar soprou
enquanto sussurravamos
mas o tempo não cessou
e o que sobrou
virou semente que já se plantou.
A Lua, a Música e a Boca - 05/09/09
Agora é como se estivesse
a afogar-me
num mar azul e branco
tragado para dentro
feito maré de lua cheia
em copos de cerveja
A música ditava o movimento
dos corpos afoitos
como um fauno
no coito*
Além da boca, o canto
no canto da cama
boca conta - conto cama.
... E o tempo não cessou
e nem deveria, assim, bebo
o mar azul em que me afogo mais e mais.
- Primaverado [27/09/09]
que a primavera é a estão da paixão.
Acho que a primavera é a estação do cultivo
de tudo aquilo que foi, devagar e urgentemente,
plantado no inverno dos acasos:
Frio e seco,mas que sempre invejou
o equinócio desbroxador de flores
e/ou amores -
pois é, fico eu - como quem poda flores
a tentar cultivar amores.
vixuz
A Lua e o Zinco - 26/09/09
AGORA VEJO
APESAR DA
TEMPESTADE
E DA ANGUSTIA
A SEMENTE
PLANTADA
COMEÇA A VINGAR,
TORTA
DESAJEITADA
MAS VIVA
E OUSADA!
- sei não, mas essa tem cara de ser aquelas árvores Mogno - Mogno não, Pau Brasil!
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
sábado, 16 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Na Praça
vejo a que dança
meio chalaça
ainda que chora
mão te alcança
seco a que borra
sorriso de graça
como quem implora
a mente que traça
pensara outrora
na moça que passa
debocha e sai fora
sentimento ameaça
a paixão que aflora
não importa o que faça
o beijo não rola.
[dedicado às paquerinhas que acontecem nas pracinhas do interior.]
vixuz-eu