quinta-feira, 17 de setembro de 2009

455 sentidos

Caminhando na velocidade do desespero como quem quizera chegar em algum lugar desportante, passo dentre o engarrafamento da ideia de cidade, desvio das gravatas sufocantes e dos Scarpins trituradores de ruas. Volto os olhos aos céus como quem procura algo, entretanto, ofuscada pelos raios ultraviolentos, a lua prefere olhar tudo de sua cobertura feito mulher que nina teu filho Jorge. Continuo - metros adiante, após o verde dos semáforos, De supetão um tapa no rosto! olho para os lados e não encontro a mão pesada que golopeara-me a face - o golpe veio do vento, sopro este que saiu do vão livre d'alma, então descobri que todos tornam-se paulistanos quando caem em si ao notar que tens n'alma um vão livre; sustentado por pilares vermelho-pungentes, o chão rústico e de teto cinza!



vixuz-victor-eu!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Meu poeta
hoje estou tão triste
pois tudo que existe
se desfez

Eu hoje estou
tão triste
eu sei bem o porque
é que fiz teu coração
bonequinho de machê




rsrs - ok - meu lado eu liricA falou alto hoje
só pra acompanhar o novo layout gay ¬¬ [nem gostei]
vixuz - fui!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

NEM SILVESTRES, NEM MOFADOS: MORANGOS VERMELHOS

Se eu pudesse, guardaria aquele aroma em uma pequena garrafa, para levá-la comigo sempre. Aquele cheiro puro, doce e selvagem. Aquele cheiro vermelho. Com nostalgia, com saudade, com desejo. Com desejo. Acho que quando sentisse desejo é que deixaria a tampa da garrafinha aberta por mais tempo. Penso que o aroma de morangos remete ao desejo. Especialmente o sexual. Não sei se isso me está arraigado pelo senso comum da mídia marqueteira, que trata de estampar aos montes imagens de morangos quando o dia dos namorados está próximo. Ou se o faço por conta própria. Talvez. Talvez as duas coisas. Ou talvez só por uma coisa, já que o desejo é algo inato ao ser humano e, inexplicavelmente, pode surgir em uma tarde chuvosa durante o trabalho. Ora, não há nada que se possa fazer em uma situação como essa, mas então eu teria o aroma engarrafado.
Nem silvestres, como Bergman, nem mofados, tal qual Caio, mas pura, obvia e simplesmente: morangos. Morangos aos quilos, soltos - e não presos, apertados em caixinhas para vender - vermelhos, brilhosos e sensuais, com aquela forma que lembra, vagamente, o corpo feminino.
Quero-te, quero-te, quero-te: vermelho.
(MeggieLetras - eovermelholatente)

domingo, 6 de setembro de 2009





Vixuz
[e um verso da Meggie]