sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Esquizoteria!



Há mais de meia hora
estou a observar o amor
na espectativa de compreende-lo
envolta de mim garrafas, cigarros
nos meus ritmos preferidos.
Mas que diferença faz o tempo?
pois vou continuar a observar ou sair daqui
e o amor ainda vai, como sempre,
ser o melhor de todos os
tabacos - a mais amarga de todas as bebidas
e o leviano passageiro que caminha para o mar.




V i c t o r s o n s

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Mas é carnaval, não me diga mais quem é você
Amanhã tudo volta ao normal
Deixa a festa acabar, deixa o barco correr, deixa o dia raiar
Que hoje eu sou da maneira que você me quer
O que você pedir eu lhe dou
Seja você quem for, seja o que Deus quiser
Seja você quem for, seja o que Deus quiser




=]


Sonsdochico
victorsons

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009



"Vejam o meu repertório, vejam os nomes que nele surgem a cada momento. Olhem pra mim e vejam se não tenho o Brasil em cada curva do meu corpo?"

.Carmen Miranda.



-Não sei você, mas o ''meu coração faz tica tica boom tic'' por Carmen!

(Bruno/sabores-cores-amores)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O tango do samba.


.a participação especial.

Coincidentemente ou não, Bruno e eu, em termos próprios, manifestamos nosso amor pela Paulicéia Desvairada pós comemorações de seus 455 anos.
Sentados a uma mesa de bar na Vila Madalena em uma tarde de sábado chuvoso, propormos a Thiago, um amigo brasileiríssimo que apaixonadamente adotou a alma de nuestros hermanos argentinos, que fizesse uma visita em nosso humilde lar virtual escrevendo algo em belo espanhol. E eis que, mais uma vez, nasce uma homenagem à terra de onde Tom Zé viu brotar fumaça do chão cimentado, nos idos anos de 1965.
Para fechar a trilogia, fiquem com as letras de Thiaguito. Dale!


Cas El ser "paulista" en cuestión

Mi corazón late en más un día gris. Estoy apurado igual que todos en esa ciudad, pero no sé si llevo una campera, el paraguas o un protector solar. ¿Quién podrá saber? Me decido por llevarlos todos. Por mi calle camino hacia la parada del colectivo, miro el cielo y me parece que habrá sol. Una mujer cruza mi camino ya la vi muchas veces por aquí, quizás sea una vecina mía o no, que feo ni conozco a mis vecinos pero ya es difícil tener un tiempo para conocer a mí mismo en esa ciudad. Tomo el colectivo, cuanta gente, cuantos rostros diferentes y historias hay aquí.
El colectivo cruza el Río Tietê que intenta sobrevivir e, inmediatamente, me sentí como él. Cuanta tontería solo no son más numerosas que los autos que me rodean. Miro un lindo árbol en la vereda que rápidamente se me escapa de la mirada con el paso de un camión y su rastro de humo. Bajo del colectivo en la estación Marechal. Bueno mi corazón sigue latiendo y estoy al borde de…que sé yo…el que aquí vive siempre vive al borde de algo sea para el bien o para el mal. Todo en esa ciudad es grande y pequeño, simple y complejo al mismo tiempo. En la cola para comprar el boleto las hermanas alagoanas están a charlar, sigo la multitud y así de pronto ya estoy en el tren en pie al lado de un chico que escucha rock, y en mi frente sentada va una vieja negra tan gentil pero que me pareció salir de Mozambique con el traje que llevaba.
Saliendo del subte ya estoy en la Paulista, ay no sé porque más me gusta mucho ese lugar. Ya hace un calor terrible, cruzo la avenida y compro un helado en la panadería del portugués y la tarjeta telefónica en el kiosco de un hijo de español. Todavía tengo que caminar dos cuadras en la augusta y unos bolivianos intentan venderme unos collares en la primera esquina, mientras una pareja de japoneses toma el colectivo para el barrio de la liberdade y continuo con prisa.
Finalmente llego al edificio dónde trabajo y saludo al señor Raimundo, que me dice: ´´’fio’, ese calor quem diría hein, tá até parecendo minha terra, a Bahia´´. En el ascensor está el coreano que es novio de una mulata guapísima que siempre sale en la Gaviões da Fiel. Hay una llamada perdida en mi celular, hummm es de mi amiga gaucha y ya estoy en mi mesa con aquel nudo en la garganta que despertó conmigo hoy y que de la misma manera que me desespera, me da gana de reír…y harto de pensar voy a la ventana y veo que ya no está el sol y sí la llovizna (a garoa paulistana) que trae nuevamente a las calles la danza de los paraguas. De repente mi corazón se llena de alegría y de emoción cuando me toman los recuerdos de mis momentos más felices, momentos eses que viví por esa ciudad que es como un taller de teatro, y que al revés de lo que puedan pensar nuestros corazones no son de cemento y aunque fueran serían de una especie sin igual en esa latitud sur.
São Paulo, cariñosamente llamada de Sampa, como no amarte una vez que he probado de su gastronomía, caminado por sus esquinas, tiendas, villas, parques y soy un legítimo hijo de su ironía. En Sampa cabe el mundo y en el mundo no existe otra Sampa, ciudad dónde nada sencillamente se puede explicar o definir. Después de intentar resolver mis cuestiones volví a mi mesa porque necesitaba trabajar y mi corazón siguió y sigue latiendo…

(MeggieLetras)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009


Recôncavo Paulista

Quando Caetano cantou para mim que alguma coisa acontecia não só no coração dele, mas de todos os mineiros, gaúchos, cariocas e baianos quando cruzam a Ipiranga com a Avenida São João, isso soou de forma tão magistral que não tive como não sucumbir a esta vontade e passar, mesmo um pouco tímido, por aquela esquina. Confesso que tudo aquilo que ele nos diz é tão ou mais incrível de se sentir, mesmo que esta São Paulo que por hoje caminho não seja, nem de longe, aquela que Caê cantou um dia, já que eu, que nasci em São Paulo, a cidade do barulho, da vida noturna que nunca acaba, por motivos até hoje desconhecidos, fui respirar os ares do sul, bah... que coisa mais linda aquele lugar... Mas não pude deixar tudo isso aqui, não pude não obedecer às ordens de um coração paulistano, e, voltando, me dei conta de que nada entendi: só me era notável a grandeza de suas poesias concretas e da sutil deselegância discreta de suas meninas. Ainda não havia para mim Maria Bethânia, esta que hoje esquenta o meu coração... Mas alguma coisa ainda acontece comigo quando cruzo, numa tarde cinza, tipicamente paulistana, o vão do MASP, e, por outras vezes, caminhando pelo centro antigo chego a achar tudo muito passado, batido e acabo por julgar de mau gosto, mau gosto, mau gosto toda aquela gente aglomerada sob um sol de rachar côco... Paradoxalmente, isso só serviu de prova que não existe e nem nunca vai existir nada que possa ser comparado ao centro antigo todo iluminado!
E hoje, só me resta sentir falta de um momento que, assim como eu, acredito que muitos adorariam também presenciar: caminhar sob uma noite de fina garoa e descobrir Sampa através dos olhos poéticos de nossos Lindos e Eternos Baianos que para sempre serão nossos Doces Bárbaros! E que, partindo do distante recôncavo baiano conseguiram decifrar em partes que a feia fumaça que sobe e cobre as estrelas desta linda cidade é o tempero que a faz única, e não só isso: descobriram a Sampa das Pan-Américas Utópicas, onde moram os deuses da chuva onde até hoje surgem novos poetas de campos e espaços!

(BrunoSabores/Cosmopolita)



obs: alguma coisa ainda acontece no meu coração ...

para ler ouvindo: SAMPA (CAETANO VELOSO) do Lp: MUITO (Dentro da Estrela Azulada) *1978

sábado, 7 de fevereiro de 2009


"Toda palavra mal aproveitada é parte de um coito mal resolvido, uma foda mal terminada!"



(VictorSons)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

I love Sampa

Diante das águas-de-nãomarço antecipando antecipadamente o fim do verão, eis uma divagação pleonasticamente onírica: um desejo de sol escaldante refrescado por águas que não sejam primariamente pluviais...

Ah, que sol escaldante na terra da garoa. Calor. Queria surfar, mas as ondas de asfalto hoje não estão pra peixe. Queria tomar sol, mas a areia de concreto está lotada, não haverá espaço para minha canga aqui. Calor. Queria poder admirar os belos corpos à beira da praia, mas todos estão presos dentro de seus sisudos ternos. Queria sentir a água do mar sob os meus pés, mas eles estão enclausurados dentro dos meus saltos chiquérrimos. Calor. Queria sentir a brisa leve tocar meu rosto e meus cabelos, mas o excesso de ônibus e caminhões no meio da avenida não-atlântica impede a passagem do ar. Queria tomar um sorvete com meu camarada, mas me obrigam a tomar café, porque esta é a bebida da cidade do trabalho. Calor. Queria ver balançar os coqueiros do meu país tropical, mas as árvores de concreto não são maleáveis. Queria olhar para o mar ao som de Dorival, mas som que faz a cabeça dos paulistanos é o das buzinas dos automóveis. Tempo de calor: alguma coisa acontece no meu coração...
(MeggieLetras)


Ilustração de Déia Comedy

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

“Beira-mar, beira de rio”.

Longe de mim está o mar de Navegantes e Iemanjá. Assim, neste 2 de fevereiro, ponho-me, melancolicamente feliz, a imaginar como estarão as lindas as águas “ofertadamente” enfeitadas da Rainha do Mar...Quantos barquinhos voltarão à beira e quantos seguirão viagem para pedidos realizar...

Neste dia em que a fé mergulha nos mistérios das águas, sotaques e costumes diferentes tornam-se um só, seja pela mansidão do Rio Guaíba em Porto Alegre ou pelas hipnotizantes ondas das águas do mar de todo o Estado da Bahia.


ps: a propósito: “quanto nome tem a Rainha do Mar?”


(MeggieLetras)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Ela em sala
ou versos desdidáticos

Bom dia, hoje o tema
é Tropicália, por favor
desliguem seus "sins"
abram o livro dos porquês
deglossem os discos
que ao final será servido
um Abaporu no Dendê.


[Para alguém que posta aqui e domina como ninguém esse conjunto de signos cheio de enigmas]


(VictorSons)