terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Escrevi algumas coisas na primavera passada, mas que não publiquei, alguns na minha outra página, entratanto, dado alguns acontecimentos resolvi publicá-los aqui, é uma sequência de quatro escritos em estrutura parecidas com a poética, todavia não arrisco nomenclaturá-los como tal. Quem ler, bem, espero que goste, quem não gostar talvez não fará muita diferença.

Obrigado,
Vixuz.

A Relva 02/09/09

A lua realmente furou o zinco
no momento em que as notas
soaram dos corpos sorrateiros
deitados na manta do inverno

o mundo não girou
enquanto rodavamos
nem o ar soprou
enquanto sussurravamos

mas o tempo não cessou
e o que sobrou
virou semente que já se plantou.

A Lua, a Música e a Boca - 05/09/09

- E a lua, desta vez bem cheia, furou novamente o nosso zinco [part 2]


Agora é como se estivesse
a afogar-me
num mar azul e branco

tragado para dentro
feito maré de lua cheia
em copos de cerveja

A música ditava o movimento
dos corpos afoitos
como um fauno
no coito*

Além da boca, o canto
no canto da cama
boca conta - conto cama.

... E o tempo não cessou
e nem deveria, assim, bebo
o mar azul em que me afogo mais e mais.

- Primaverado [27/09/09]

Há quem diga
que a primavera é a estão da paixão.


Acho que a primavera é a estação do cultivo
de tudo aquilo que foi, devagar e urgentemente,
plantado no inverno dos acasos:
Frio e seco,mas que sempre invejou
o equinócio desbroxador de flores

e/ou amores -
pois é, fico eu - como quem poda flores
a tentar cultivar amores.

vixuz

A Lua e o Zinco - 26/09/09

PRIMAVERA
AGORA VEJO
APESAR DA
TEMPESTADE
E DA ANGUSTIA
A SEMENTE
PLANTADA
COMEÇA A VINGAR,
TORTA
DESAJEITADA
MAS VIVA
E OUSADA!

- sei não, mas essa tem cara de ser aquelas árvores Mogno - Mogno não, Pau Brasil!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

t e n t a r e s
c r e v e r u m
p o e m a é b r
i n c a r d e v
i d a n a m o r
t e r i m a d a

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

f l o r d e l e t
r a s s ã o s e m
e a d a s n o a r
d a s p a g i n a
s e m b r a c o n
a m e n t e d o p
o e t a m e t i d
o a t e r r a d a
r i m a b o n i t


a

sábado, 16 de janeiro de 2010



P A R A R P A R A V E
R O P O E M A N A S C
E R F E I T O A R V O
R E D E B O A S O M B
R A S E M E S P E R A
R S E U D O C E F R U
T O
M O R T O V I R I
L C O N S U M I V E L

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Na Praça

parado na praça

vejo a que dança

meio chalaça

ainda que chora

mão te alcança

seco a que borra

sorriso de graça

como quem implora

a mente que traça

pensara outrora

na moça que passa

debocha e sai fora

sentimento ameaça

a paixão que aflora

não importa o que faça

o beijo não rola.

[dedicado às paquerinhas que acontecem nas pracinhas do interior.]

vixuz-eu