domingo, 2 de agosto de 2009

Comum.

Não tenho certeza, mas acho que é naquela hora do dia que ela se manifesta com mais força, pondo-se vagar por entre as árvores das ruas desertas e silenciosas. Não faz barulho. Nesse instante (sim, porque não há de durar muito tempo), só se ouve o cantar dos pássaros – antes que as buzinas os intimidem – e a barulheira das lembranças da cabeça e do coração da gente. É. A saudade. Penso que ela gosta de aparecer ao amanhecer. Há mais espaço. Ah, sim, é importante dizer também que isso acontece sempre aos domingos, depois de uma bela noitada de sábado regada a muita cerveja, cigarros, samba e gargalhadas (e máscaras na alma). Pela manhã é que a saudade se derrama e fica a fazer folias nostálgicas no peito da gente. Poesia é que rima com saudade.
Não há que se viver de. Mas há de se viver com. Com (o) – viver com a saudade. A ausência presente. É bonito isso. É bonito...










Já virou clichê eu escrever sobre saudade
Ok, também já virei uma criatura clichê – e pessoas clichês escrevem sobre saudade, que também é clichê.
Mas, tudo bem, o mundo é clichê.


Adoro a palavra CLICHÉ.
(MeggieLetras - e saudade)

Um comentário:

Camilla disse...

e eu tinha saudade de ler seus textos! :)

beijos querida